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Como o amor aos livros é uma corrida sem linha de chegada, você tem de se contentar com o percurso, escolhendo as melhores paisagens e apreciando-as com calma.
Ler os grandes é meio se tornar como eles.
Os bons livros são ótimos lugares para se passar uma temporada.
Não há leitor profundo com um bom livro não mãos que se sinta solitário.
Quem lê mais livros de alto nível em idade tenra alarga a mente, e tende a entender-se melhor quando adulto.
Sempre há de nós nos clássicos. Se um livro permanece vivo é porque conseguiu corroborar em si a própria essência humana.
Há autores mais próximos de nós que muitos de nosso familiares.
A criança leitora terá, quando adulta, mais silêncio para defender-se de palavras torpes que se lhe dirigirem. E isto devido ao rico vocabulário: quanto mais palavras dominarmos, mais bom-senso teremos ao usá-las.
Cada pessoa deste mundo, por mais modesta que possa parecer, tem escritos em si infinitos livros.
Um bom livro é aquele que nos faz meditar. E isso gera tal liberdade criativa que nos proporciona fundir-nos à profundidade de nossa alma, muitas vezes desconhecida de nós mesmos.
É impossível ler um clássico sem crescermos.
Aprecio tanto estar numa grande livraria ou biblioteca que, ainda que não abrisse um livro sequer - desato impensável -, o conjunto de lombadas para mim já consistiria em belíssima obra.
Sei que, para o bibliófilo, o simples fato de manusear livros de papel proporciona-lhe grande prazer. Comprá-los, folheá-los, sentir-lhes o cheiro, escrever o nome neles. Mas, ao anular o paradigma e entregar-se à leitura de um e-book bem escrito, acabamos por notar que o importante afinal de contas é a qualidade do texto, o poder que ele tem de emocionar, ou de fazer rir, em suma, de transformar os sentimentos ou a visão do mundo. Não importa o formato, a questão é acostumar-se à novidade, nada mais. E – não sei não – é bom sermos flexíveis, pois o danado do futuro já chegou há tempos.
Quem lê intensamente jamais fica velho. Esse é um dos segredos da juventude perpétua.
Li tantas vezes estes livros. Eles se me tornaram quase um outro coração, um novo cérebro, irrigados com o sangue intuitivo da Arte.
Com os olhos se lê. Também com as mãos é possível fazê-lo. Ou com os ouvidos. Se eu fosse cego, surdo ou não tivesse as mãos, tenho certeza de que Deus me ajudaria a desenvolver um modo novo de aventurar-me na leitura, com o olfato, com o paladar. Ah, é abusaria do sexto sentido.
O homem é sua biblioteca.
Leia para sonhar...
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